terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Matéria esportiva, mas agora sobre atletas de São Gonçalo do Sapucaí

Gosto muito de futebol e por isto sempre leio e acompanho os campeonatos. Trabalhando em São Gonçalo descobri que a terra tem jogadores que estão se destacando no esporte, jovens nascidos lá e que agora jogam em times que participam da Copa São Paulo. Confira

Três jogadores sãogonçalenses fazem bonito na Copinha São Paulo
A cidade de São Gonçalo do Sapucaí sempre contou com representantes no esporte brasileiro. A terra é conhecida por ter revelado também grandes jogadores de futebol.  E neste ano, no Torneio Copa São Paulo de Futebol Júnior, que está na 46ª edição, três jovens jogadores sãogonçalenses fazem bonito. São eles, Diego Henrique, que joga no América Mineiro, Hernane Azevedo, do Atlético Paranaense e Luiz Phellype, do Desportivo Brasil.

A Copa São Paulo é considerada uma competição vitrine para o futebol brasileiro. Os jogadores que se destacam tem mais chances de serem sondados por times maiores ou então de atuarem na categoria profissional.

Conheça os três jogadores de São Gonçalo do Sapucaí:

Luis Phellype Luciano Silva

O time Desportivo Brasil disputa hoje, dia 20, as quartas de finais contra o time do Fluminense. Luiz Phellype joga como atacante e tem marcado gols em muitas partidas decisivas. Está na lista dos artilheiros, marcou 4 gols na competição.

Altura e Peso:
1,87 cm 85,6 kg
                                                                       Nascimento:
                                                 27/09/1993, São Gonçalo do Sapucai-MG

Hernane Azevedo Júnior

O time do jogador Atlético Paranaense já se classificou para as semis finais da Copa São Paulo 2012. Com Hernani como titular, neste sábado, dia 21, o Atlético Paranaense jogará contra o Corinthians em busca de uma vaga na final. Hernane marcou dois gols na competição.
O jovem sãogonçalense joga no Atlético Paranaense desde 2010. Já foi convocado pela seleção brasileira sub 17 e foi campeão da Copa Sul-Americana.
Altura e Peso
1,88 cm e 77 kg
Nascimento
27/03/1994, São Gonçalo do Sapucaí
Diego Henrique Teodoro

Diego joga como volante no time do América Mineiro. Ele tem 18 anos e tem se destacado na Copa São Paulo, marcando 2 gols durante a competição. Com Diego como titular o América Mineiro chegou até as quartas de final, mas perdeu por 3x1 para o Corinthians.
Diego já jogou nos times de base do Grêmio e Internacional.
Altura e Peso
1,83 cm e 75 kg
Nascimento
23/04/1993, São Gonçalo do Sapucaí




sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

No jornalismo, descobrimos coisas que nem imaginávamos

Assistindo a minissérie "Dercy de Verdade" que está sendo exibida pela Rede Globo em homenagem a atriz Dercy Gonçalves, escutei sem prestar muito atenção na cena que Dercy tinha passado por uma cidade chamada São Gonçalo. Na minha cabeça sabendo que ela era do estado do Rio, achei que era a cidade do mesmo estado. Trabalhando em São Gonçalo esta semana, descubro que não a São Gonçalo citada na minissérie não era o município do RJ, mas sim São Gonçalo do Sapucaí. E este assunto rendeu uma matéria. Confiram

Minissérie “Dercy de Verdade” revela amizade da atriz com uma família sãogonçalense

Dolores Gonçalves Costa, mais conhecida como Dercy Gonçalves, grande atriz, cantora e humorista que fez sucesso no teatro de revista, nasceu em Santa Maria Madalena, no estado do Rio de Janeiro, em 1905. Faleceu em 19 de julho 2008, sua carreira durou mais de 80 anos e no início a atriz fez apresentações artísticas em todo o Brasil.
A Minissérie “Dercy de Verdade”, baseada no livro de Maria Adelaide Amaral, "Dercy de Cabo A Rabo", faz menções as apresentações de Dercy em algumas cidades do país, inclusive São Gonçalo do Sapucaí. A obra narra que na década de 20, por volta dos anos de 1926, o grupo de teatro Mambembe, do qual ela fazia parte, fez espetáculos, nestas terra sul-mineiras "...Quando fomos a São Gonçalo do Sapucaí, em Minas Gerais, encontramos uma mulher maravilhosa, chamada Marocas, bastante popular na cidade, que nos ajudou muito e nos levou para sua casa. Em São Gonçalo nunca passamos fome. Ficamos um mês e nos exibimos em tudo quanto era lugar, até em casas de família. Depois, fomos pra Machado, porque a gente sempre procurava trabalhar na cidade mais próxima da praça anterior, para economizar nas despesas de transporte”, descreve um dos trechos do livro.
Como mencionado, em São Gonçalo, Dercy Gonçalves contou com a ajuda de Marocas de Siqueira, irmã de Altina de Siqueira Moraes, que era casada com um cirurgião dentista, Dr. Francisco de Moraes Lemos. A amizade deles surgiu com um gesto de solidariedade de Marocas, que após Dercy ter sido abandonada sem dinheiro pelos colegas de trabalho, levou a atriz para sua casa e a ajudou a realizar outros três espetáculos na cidade de São Gonçalo , com a finalidade de conseguir dinheiro para partir. "Minha tia Marocas era muito cativante, alegre fazia amizade muito fácil. Com esse jeito prestativa conheceu a atriz que se encontrava em necessidade", disse Zelma .
Em uma carta escrita, pela filha de dona Altina, Zelma Moraes Lemos, de 80 anos, existe alguns relatos de como foi o início da amizade da atriz com sua família e sua  passagem  por São Gonçalo do Sapucaí. Zelma disponibilizou ao Brasil Metrópole a carta na íntegra, postada abaixo, onde ela relata também um reencontro, que aconteceu após muitos anos entre a atriz e a mãe de Zelma.
“Lá pelos anos de 1926 ou 1927, Dercy Gonçalves apareceu aqui em São Gonçalo com sua trupe de teatro "Mambembe" e deu alguns espetáculos que foram sucesso na cidade.  No dia de partirem ela se desentendeu com alguns artistas e todos se foram embora e deixaram Dercy sozinha para trás e sem dinheiro. Por acaso, pelas ruas da cidade conheceu Marocas de Siqueira que a levou até sua irmã Altina de Siqueira Moraes , então casada com o Dr. Francisco de Moraes Lemos (Chiquito) – Cirurgião Dentista e que possuíam na época uma loja de tecidos.  Dercy ficou muito amiga de Marocas que se compadeceu da situação e saiu com Dercy pela cidade vendendo bilhetes de casa em casa, para três shows que pretendia dar aqui. Nessa época, Zelma ainda não era nascida.  Maria Altina permitiu que Dercy tirasse fiado os tecidos para confeccionar os três vestidos e lhe emprestou sua máquina de costura para qua a própria os confeccionasse. Apresentou os três espetáculos que foi um sucesso, pois ela era muito engraçadinha, criativa e sua voz era muito boa. Assim conseguiu dinheiro para ir embora. Pagou os tecidos, agradeceu e se foi.  Anos se passaram e Dercy foi se apresentar em Piracicaba, em 1987, onde Maria Altina se encontrava na casa de sua filha. Zelma ao saber de sua apresentação lhe escreveu uma carta e lhe enviou. Dercy foi visitar Maria Altina com total sigilo, já que nessa época ela era um sucesso. A máquina que Dercy usou ainda estava lá. Maroca já havia falecido Maria altina estava com 87 anos e Dercy com 80. Ela disse a mãe de Zelma que achava que aquele encontro seria uma b....(pois ela era muito desbocada), mas disse que gostou muito por que minha mãe até cantarolou junto com ela. Foi um encontro feliz. Depois disso nunca mais se viram. Hoje as duas já faleceram.  Certa vez meu pai Chiquito foi ao Rio de janeiro no Teatro do Recreio ver uma apresentação de Dercy e se sentou na primeira fileira. Ao abrir as cortinas ela apareceu e viu meu pai e disse “Chiquito você aqui! Vai ao meu camarim no fim do espetáculo” . Meu pai foi  e conversaram e lembraram do passado"
Trecho da Carta que Dona Zelma escreveu para nossa reportagem.
Zelma Lemos, comenta que ela mesma não chegou a conversar com Dercy, porque na ocasião sua filha mais velha ficou doente e teve que  viajar para São Gonçalo. A visita da artista foi inusitada, quem recebeu Dercy foi a filha dela, neta de Altina, que estava no apartamento. “ Quando ela entrou no meu apartamento a primeira coisa que ela disse foi: “Quem escreveu aquela carta pra mim?”. Ela gostou  muito da minha carta, porque eu toquei no nome do Pascoal, com ela se casou, e toquei nessas coisas passadas que ela se lembrava. E lha falei que mamãe não poderia ir ao teatro vê-la, mas esperava sua visita. Dercy acabou dizendo “Se Maomé não vai a montanha, que a montanha vá a Maomé”. E ela realmente foi . Foi um encontro muito bonito, muito feliz. Minha mãe morreu no ano seguinte”, conta.
Zelma ressalta que está acompanhando a minissérie “Dercy de Verdade” exibida pela TV Globo e está muito feliz da adaptação ter revelado a passagem da vida de Dercy em São Gonçalo do Sapucaí. “ Estou muito satisfeita com a minissérie , a personagem apenas mencionou o nome São Gonçalo, mais aconteceu tudo isso aqui. Foi uma surpresa. Isso pra nós significou muito, talvez pra Dercy não, pois sua vida foi tão cheia de percalços, cheias de emoções, cheias de  sofrimento e de luta. Ela era geniosa, até nos capítulos a gente vê como ela foi geniosa.  Mesmo sendo deixada pra trás, sem dinheiro, ela fez os vestidos e deu os espetáculos aqui na cidade, enchia o cinema “Cine Rosário”. O sucesso foi tanto que ela conseguiu o dinheiro para ir embora. Pagou os tecidos e se foi. Ela era muito extrovertida, muito criativa. Ela era muito bonita. E realmente como na minissérie mostra, ela não era de paquera, apesar de ser  atirada, mas era atirada no jeito de falar muita bobagem, e mencionar situações maliciosas. Tanto que quando ela casava ,era fiel, ela dizia “Eu não vou por chifre em você” e não punha mesmo . Enquanto ele estava casada com um era fiel a ele , depois que terminava e se casava com outro ela era fiel aquele outro.  Ela teve uma filha com Valdemar, Maria Dercimar Gonçalves Senra. Eu estou amando essa minissérie por que faço parte dela. Minha tia Maroca tinha uma foto dela autografada. Mas hoje não temos essa foto ela se perdeu, pois a casa de minha tia não existi mais.  Essa mineserie realmente é Dercy de Verdade, ela teve uma vida muito sofrida. O pai dela era mesmo muito agressivo, tanto que sua mãe largou dele pois ele a agredia.  Se ela estivesse viva a mensagem que deixaria para ela é Que ela é uma saudade morredoura na nossa família. Desde os tempos antigos que eu nem existia ainda, mas que mamãe e tia Marocas me contaram ficaram gravadas em meu coração. Eu tomei amizade por ela e ela faz parte da nossa família”, diz
O sãogonçalense, Murilo Pereira Coelho também está acompanhando a minissérie “Dercy de Verdade”. Ele tem em sua residência uma foto que retrata a passagem de Dercy por São Gonçalo. De acordo com ele, foi muito prazeroso saber desta história. “Foi uma grata surpresa ouvir que Dercy esteve aqui na nossa terra, São Gonçalo do Sapucaí. Foi quando eu lembrei que tenho uma foto dela oferecida a Dona Maria Altina e o Sr. Chiquito. Essa foto hoje é uma relíquia. Essa foto me foi fornecida pelo Sr. Cesar Sodré Ayres que tem um acervo fotográfico espetacular  de nossa terra. Então o mérito de ter guardado essa foto e todo do Sr. Cesar Sodré Ayres a que nós prestamos nossa homenagem, por ele ter feito esse trabalho tão bom de ter esse acervo fotográfico no qual ele me emprestou para que eu pudesse digitalizar e foi o que fiz com a foto de Dercy. Eu me lembrei de que ela já havia estado aqui, mas jamais pudera imaginar que eles mencionariam essa passagem de Dercy por São Gonçalo. A minissérie é excelente, principalmente se tratando de uma imagem extremamente muito conhecida tanto na arte cinematográfica,como na arte do teatro, como no teatro de revista. E a Dercy causou no Brasil um impacto pela sua maneira de ser. Eu tenho a impressão de que no início da carreira quando esteve aqui, ela não deveria ser assim, mas foi crescendo e adquiriu assim uma confiança pra que ela fosse falando tudo o que queria, sem causar espanto”, diz.






segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Exemplo de superação foi matéria de capa

Neste post, eu colocarei a matéria que fiz do Projeto CAP de Três Corações, que mostra histórias de pacientes e alunos deste projeto voltado para deficientes visuais da região. A matéria tem muitos depoimentos de como é o funcionamento do projeto, quais áreas de atuação. O melhor de tudo é que não é uma escola para deficientes visuais, também há um núcleo de capacitação para profissionais da educação que trabalham com este público. Confiram!

Uma grande lição de vida e esforço

Projeto para deficientes visuais em Três Corações é referência regional e conta com professoras cegas que trabalham na formação de profissionais

Há mais de dois anos a Prefeitura Municipal de Três Corações implantou um projeto voltado para a inclusão de deficientes visuais da cidade e região. O projeto chama CAP (Centro de Apoio Pedagógico para Deficientes Visuais) e tem como meta promover o atendimento e o acesso ao ensino do aluno com deficiência visual, além de capacitar profissionais em cursos especializados. O centro de apoio também disponibiliza atendimento psicológico aos alunos.

Segundo a coordenadora do CAP, Ronise Prudente Maciel, após a implantação do centro de apoio em Três Corações, muitas pessoas com deficiência visual da cidade e de toda a região procuraram a instituição. “O projeto é aberto para os deficientes da região, só é preciso marcar uma avaliação do caso.  A população “invisível” começou a aparecer porque antes a gente não via cego nas ruas, era difícil, vê-los. Agora nosso CAP atende cerca de 32 alunos cegos ou com baixa visão das cidades de Paraguaçu, Perdões, Conceição do Rio Verde, Três Pontas, Três Corações, Lambari”, conta.
As atividades do projeto são divididas em quatro núcleos: de formação, de produção, de convivência e de tecnologia onde trabalham 10 professores, dois deles cedidos pela rede estadual de ensino. Os alunos tem aulas uma ou duas vezes por semana. Nas aulas e no atendimento os alunos aprendem Braile, Orientação, Mobilidade e Informática através de programas de computadores que fazem leitura do que está na tela. “Aqui é diferente de uma escola regular, é uma escola especializada que trabalha para dar autonomia aos deficientes visuais e então são feitas atividades de convivência, passeios, cinema com audiodescrição e costumamos estimular alunos adultos e idosos com trabalhos artesanais. Em nosso núcleo de tecnologias, os alunos também aprendem a utilizar os programas de computadores como o  JAUS, o Virtual Vision e o MVTA, que por meio deles é possível que os alunos naveguem na internet ou façam trabalhos com o uso de um computador”, comenta.
O Centro de Apoio Pedagógico para deficientes visuais também possui equipamentos tecnológicos que foram doados pelo Governo Estadual. São uma impressora em braile e um Thermoform, equipamento de alto relevo. Através destes equipamentos são produzidos materiais didáticos como livros e mapas.
Sonho de ser inserido no mercado de trabalho
O aluno do CAP, Patric Levi de Souza, de 26 anos, perdeu a visão há dois anos devido ao glaucoma. Ele conta que a partir do momento que começou a frequentar o CAP ganhou autonomia para se locomover sozinho e realizar tarefas normais. “Frequento as aulas duas vezes por semana e aqui fiz aulas de mobilidade, uso a bengala para vir a aula sozinho, me alfabetizei em braile, aprendi a utilizar o computador normalmente, e através dos programas navego na internet, uso bate papo, faço trabalhos.  Ganhei autonomia e até pratico jiu-jitsu, um esporte que é bom para mim porque é de contato e onde conto com o auxilio do professor Adriano Pupilo”, explica.
Patric de Souza ressalta seu maior desejo. “Penso em voltar a trabalhar, meu sonho é ser escrivão da Policia Civil, ano que vem já vou voltar aos estudos, terminar o ensino médio e fazer faculdade de direito, para depois conseguir ser aprovado no concurso através da reserva das vagas”, diz.

Inclusão de alunos depende da capacitação de professores
Além do atendimento as pessoas com deficiência visual, o CAP é um Centro de Formação Pedagógica. Em 2011, os cursos de capacitação de professores formaram 174 profissionais de diversos municípios. Os cursos oferecidos são:  Capacitação em Braile, Baixa Visão, Código de Matemática Unificado, Processo de Alfabetização no sistema Braile, Soraban, Orientação e Mobilidade.
Duas das professoras do Núcleo de Formação, Elodir de Fátima Oliveira e Sueli Aparecida de Oliveira são deficientes visuais. Elas ministram cursos e auxiliam no atendimento aos alunos. A professora, Sueli de Oliveira, conta como prepara os cursos que ministra que são voltados para profissionais da educação e também empresas e diz que falta acessibilidade aos deficientes. “Eu ministro o curso de baixa visão e processo de alfabetização no sistema braile e conto com o auxilio de meu computador que é adaptado com os programas para que eu prepare os slides e as atividades. Sou a primeira cega de Minas Gerais a ministrar um curso de baixa visão e não tenho dificuldade alguma em trabalhar. Acho o que impede a inserção e expansão do deficiente visual no mercado é a falta de recursos adaptados e acesso”, comenta. Segundo a professora, graduada em Pedagogia, a proposta da educação inclusiva requer que os professores sejam capacitados. “ Eu estudei o código em braile já na fase adulta, porque tive que me alfabetizar em uma escola especial. Depois fui para a escola regular e cursei o ensino médio e magistério. No caso do magistério tinha professores que ajudavam, mas na fase do ensino fundamental eu tive algumas dificuldades porque naquela época não se falava em inclusão. Os professores acabavam recebendo os alunos, mas não tinham o preparo para trabalhar com deficientes visuais em sala de aula. Acho que capacitando os professores estão trabalhando muito bem a proposta inclusiva e nosso trabalho no CAP tem o objetivo auxiliar e capacitar professores”, diz.
Prova que a deficiência não impede o crescimento
Além de ministrar os cursos do núcleo de Formação Pedagógica do CAP, a professora Elodir de Fátima Oliveira, graduada em Pedagogia com habilitação Escolar, com quatro pós-graduações: Ensino Religioso, Educação Especial, Psicopedagogia e Supervisão Escolar, também é professora universitária. Ela comenta que foi umas das deficientes visuais pioneiras no Sul de Minas, a ministrar aulas no ensino superior, mas que agora as faculdades estão abrindo espaço para que os cegos também possam lecionar. “Atualmente sou professora universitária do curso de Pedagogia da Unincor e na Unipac em São Lourenço, já formei mais de 17 turmas. Meu trabalho também abriu espaço para ministrar disciplinas na pós de Atendimento Educacional Especializado. Antes não havia tantos professores cegos trabalhando, agora está mais aberto. Trabalho no CAP ministrando cursos para auxiliar ainda mais profissionais da educação, cegos ou não, a nível de realmente capacitá-los a assessorar os deficientes visuais e pessoas de baixa visão, porque no futuro estas pessoas também vão poder estar inseridas no mercado ”, ressalta.
Sãogonçalense com baixa visão tem apoio da Prefeitura
O sãogonçalense Ronaldo Celso Almeida tem um grave problema de miopia, que alcançou os 23 graus. Devido a baixa visão, tem óculos especiais.  Ele faz o tratamento anualmente com um oftalmologista, mas diz as lentes que utiliza são muito caras e só são trocadas em casos de quebra. “Estas lentes custam quase mil reais e eu só troco elas quando tenho condições, ainda assim a Prefeitura contribui com metade deste valor para fazê-los. Eu estou tentando fazer a cirurgia para reverter o problema através do Deputado Carlos Moscone, porque se não for feita eu posso ficar cego.”, diz.
De acordo com Ronaldo Almeida, ele descobriu o problema na adolescência e como já trabalhou no setor da saúde tem conhecimento de técnicas de percepção. Ele comenta que um projeto para deficientes visuais é algo bem importante para as pessoas que passam por este problema. “É importante porque quem tem problema de visão, como no meu caso, tem muita pouca assistência na área de saúde. Fica limitado em consultas e óculos. Eu ainda sei algumas técnicas de braile e desenvolvi outros sentidos que me ajudam muito. Muitas pessoas não sabem. Se a Prefeitura daqui fizesse uma parceria com Três Corações isto seria benéfico para os deficientes visuais da cidade”.








Jornalistas também produzem matérias institucionais

Hoje atualizo meu blog com mais uma matéria, só que desta vez institucional. É da Prefeitura de São Gonçalo do Sapucaí, cidade que ficou muito anos perdida, parada, devido a problemas políticos, sem notar mudanças no seu desenvolvimento. Entao a equipe do Brasil Metropole percebendo a boa gestão do Prefeito Dito Cunha, lançou a pauta e eu desenvolvi a matéria institucional, que foi propaganda da Prefeitura em duas páginas do Jornal Sapucaí News.


São Gonçalo do Sapucaí saí do isolamento geográfico

A cidade de São Gonçalo do Sapucaí, há pelo menos 50 anos atrás abrigava administrativamente a sede de dezenas de comarcas e distritos da microrregião. Com a emancipação de alguns destes distritos e o desmembramento da comarca, o município começou a passar por um rápido processo de estagnação geográfica. Cidades que eram política e até mesmo financeiramente “dependentes” de São Gonçalo, até então a maior cidade da região, iniciaram um processo de aproximação com outros centros como Varginha e Pouso Alegre, causando um isolamento. Por exemplo,Cordislândia passara a depender de Machado, Turvolândia, Careaçu, Heliodora e Silvianópolis de Pouso Alegre e daí por diante.
Após estes longos anos de separação e anulação de uma cultura em comum entre São Gonçalo e as cidades vizinhas, percebe-se atualmente, uma grande mudança neste aspecto, alcançada devido uma boa relação com o Governo Estadual que modificou o cenário político e a imagem de São Gonçalo do Sapucaí.
De acordo com o Prefeito Municipal, Benedito Álvaro Cunha, nos anos de isolamento São Gonçalo do Sapucaí perdeu poder político representativo nas esferas estadual e federal, em virtude da votação majoritária em deputados que não contribuíram para o desenvolvimento da cidade. Dito Cunha conta que em sua gestão, ele procurou melhorar a infra-estrutura da cidade e buscou apoio de Deputados e entidades que se comprometeram com a população sãogonçalense.
"Nossa administração trouxe o apoio e o comprometimento dos deputados com a cidade. Trabalhamos em conjunto com cooperativas, com entidades, que também buscam o desenvolvimento da nossa terra. Não deixamos que as questões políticas partidárias prejudiquem nosso município, enxergamos que dessa maneira conseguimos resgatar os sentimentos de orgulho e auto estima dos sãogonçalenses", diz.
Segundo o Secretário de Planejamento, José Ibrahim Nogueira, as consequencias do isolamento político e geográfico durante estes anos foram, dentre inúmeros outros: a falta de investimento em grandes obras, a perda de cidades da Comarca, a diminuição dos investimentos da iniciativa privada, a falta de motivação dos sãogonçalenses e, o mais grave: o esvaziamento populacional, já que a população migrou para centros maiores em busca de novas oportunidades de trabalho e conhecimento.
Mas, de acordo com o Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a cidade de São Gonçalo cresceu. A população em 2007 era de 22.751 habitantes e no último Censo passou para 23.895. O total de gastos com despesas públicas na cidade, incluindo investimentos e obras chegou a quase 5 milhões de reais no ano de 2010. Para o ano de 2012, estima-se uma população acima dos 24.300 habitantes.
Com base nestes dados, o Secretário Planejamento José Ibrahim reforça que a cidade modificou sua imagem perante o governo Estadual, deixando de ser uma cidade "dormitório", porque hoje as pessoas que saíram estão voltando:
"Através de uma visão moderna de administração, revertemos este processo de isolamento. Trabalhando com uma gestão comprometida: nós controlamos a migração, atraímos investimentos de empresas particulares, como JBS, Eletrozema, Edmil, [além de] supermercados e lojas que vieram e estão investindo na cidade. Entretanto, toda esta mudança é um trabalho contínuo que durará anos, mas acreditamos que estamos no rumo certo”, diz
O deputado Dilzon Melo, em visita a cidade de São Gonçalo em uma solenidade, reconheceu o trabalho de desenvolvimento realizado na gestão do Prefeito Dito Cunha. "O Dito é um dos melhores prefeitos que São Gonçalo do Sapucaí já teve, porque trabalha com humildade e esforço e fez aqui um rol de obras e ações que vão entrar para a história", disse.
Este processo de reconstrução da imagem do Município já trouxe a agência do INSS, que será uma microrregional e atenderá as demandas dos municípios vizinhos. Através deste trabalho de desenvolvimento, a reinclusão de São Gonçalo do Sapucaí em um cenário microrregional vai além: com a pavimentação de importantes estradas vicinais, a cidade será interligada a grande centros regionais, e se tornará um micro centro para as cidades vizinhas. Tomemos como exemplo a pavimentação da estrada que liga São Gonçalo do Sapucaí à Cordislândia. Concluída, a obra, empreendida pelo programa Pro Acesso do Governo Estadual irá reaproximar as duas cidades, que até então se comunicavam através de uma estrada de terra.
O Governador Anastasia informa que em breve a obra de estrada da estrada de São Gonçalo do Sapucaí à Cordislândia será terminada e ele virá inaugura-la.  “Gostaria de saudar vereadores e Prefeito de São Gonçalo do Sapucai, pelo excelente trabalho e dizer que a cidade continua receber os melhores aplausos não só do Governo de Minas, mas do povo de nosso estado que reconhece São Gonçalo como pólo progressista de nossa economia. Tenho certeza que nos próximos anos melhores notícias ainda virão. Em breve, vou a esta terra querida para estar com todos, especialmente para inauguração da esperada que liga São Gonçalo do Sapucaí ao município de Cordislândia que já em fase final”
Em um outro programa, o Caminhos de Minas, o acesso entre Cordislândia e Carvalhópolis também será pavimentando. As duas estradas, formarão juntas uma rodovia de ligação, que ligará estas cidades às Rodovias MG 453 e BR 491, interligando Machado e Alfenas respectivamente. A distância entre São Gonçalo e Alfenas será encurtada em 60km em relação ao caminho atual, utilizando-se a Rodovia Fernão Dias.
Quando a conclusão destas obras, a cidade de São Gonçalo do Sapucaí já estará com uma estrutura satisfatória e uma gama de serviços e produtos para oferecer aos vizinhos. Diga-se de passagem, que tal fenômeno já tem ocorrido. Pessoas de cidades vizinhas como Careaçu estão deixando de ir fazer suas compras à Pouso Alegre e procurando São Gonçalo. Os preços do comércio sãogonçalense, principalmente no ramo alimentício, são equiparados aos preços das vizinhas Pouso Alegre e Varginha, podendo até se encontrar produtos popularmente "mais em conta" do que na primeira opção.