Dia 02 de abril foi o Dia Mundial do Autismo. Para falar sobre a data fiz uma matéria sobre o tem a com as reponsáveis pelos os autistas que frequentam a APAE em Três Corações. Estas três entrevistadas deram um show de conhecimento sobre a síndrome e falaram de como lidam com os portadores desta doença. Acredito que a matéria ficou boa, porque esclarece o assunto e demonstra o belo trabalho destas profissionais. Confiram:
O autismo é uma síndrome do desenvolvimento, conhecido como transtorno global do desenvolvimento (TGD). Ele é um transtorno que se manifesta em vários níveis e que tem tratamento. Há tipos de autismo leve e outros mais graves.
Dia 02 de abril é o dia mundial do autismo. Para falar sobre a síndrome e como é feito o tratamento dela com portadores em Três Corações procuramos a fonoaudióloga, Eleonora Maria Teixeira, a supervisora, Geusabel Pascoal e a professora, Vera Lúcia Costa, responsáveis na APAE pelos cuidados com crianças e adultos autistas. Estas profissionais fizeram no final do ano passado um curso de especialização na área.
Segundo a fonoaudióloga, Eleonora Teixeira, para diagnosticar o autismo é necessário utilizar um tipo de avaliação. A mais usada, segundo ela, chama CARS. “Você faz a avaliação e diagnostica qual é o grau do autismo. Geralmente os autistas tem problemas na questão da relação interpessoal, distúrbios sensoriais e na função executiva. Por exemplo, na questão do sentido, aquele cheiro que é sensação agradável para nós para o autista pode não ser, a dor que as vezes ele sente nós não sentimos ou o contrário, os sons, movimentos estereotipados, ausência do olhar. A questão da comunicação e da função executiva, eles fazem as coisas do jeito e no tempo deles, também pesam no tratamento. Existe diferentes graus da síndrome, que vai dos casos mais leves, a pessoa é anti-social até os casos mais graves. Existe também o autismo Asperger que é o dos super inteligentes, superdotados. Aqui na APAE existe uma diferença no tratamento com pessoas com mais idade e com as crianças. Tem pessoas que evoluem com o tratamento co o tempo e outras tem a necessidade de estar no ambiente da APAE”, conta.
A supervisora da APAE, Geusabel Pascoal comentou sobre a necessidade de fazer o curso de especialização para lidar com os portadores da síndrome. “Devido ao grande número de alunos autistas que temos aqui é que fizemos o curso e escolhemos a professora que mais tinha perfil para lidar com estes alunos. A essência para lidar com o autista é ter um ambiente tranqüilo, uma rotina saudável, trabalhar com os canais e conhecer aquilo que o autista gosta”.
A professora da turma de autistas, Vera Lúcia Costa, fez o curso e contou como é seu trabalho com as crianças na fase dos cinco anos, um número de cerca de 12 alunos. “Após a implantação do aprendizado do curso, os alunos evoluíram e esta melhora esta sendo sentida pelos pais. O principal no tratamento de crianças autistas é monitorar a higiene, alimentação, a comunicação, os jogos, o entretenimento, toda orientação de coordenação motora, o comando, a relação interpessoal e a capacidade de imaginação” diz. Ela reforça a necessidade da presença dos pais no tratamento da criança que tem esta síndrome. “ Para este resultado é necessário trabalhar através de uma rotina, em conjunto com os pais, que devem mandar o copo, o prato, aqueles objetos pessoas que eles gostam. A participação dos pais é fundamental em toda melhora e até mesmo na afetividade”.
A esquerda, a fonoaudióloga Eleonora, ao centro, a supervisora Geusabel, e a direita, a professora Vera Lúcia